terça-feira, 25 de agosto de 2009

Por seres humanos inteiros

Razão e emoção são imprescindíveis para empresas do novo milênio
Beethoven, Sheakespeare, Tchaikowski, John Nash e Sigmund Freud foram algumas das "companhias ilustres" da palestra Relações com resultado: onde razão e emoção se encontram. Carlos Faccina, professor da Business School São Paulo; o poeta Geraldo Carneiro, especialista em Shaekespeare; e o psicanalista José Ernesto Bologna, utilizaram a música, a poesia e a psicanálise para afirmar a importância de seres humanos integrais - munidos de razão e emoção -, para o mundo e para futuro das organizações.
Com uma apresentação multimídia, Faccina intitulou sua palestra como Sinfonia da Gestão e permeou sua fala com exibições de orquestras sinfônicas executando obras de Tchaikovsky e Bethoven, para comprovar que a sensibilidade e a emoção modificam a percepção do mundo. E exibiu trechos dos filmes Uma mente brilhante, biografia do economista John Nash, e de O Segredo de Bethoven, quando rege Ode à Alegria.
O professor comparou, ainda, o século XX ao novo milênio. No primeiro, as empresas tinham de responder às demandas reprimidas; precisavam produzir e entregar produtos das mais diversas naturezas; e esperavam atitudes racionais de seus colaboradores. Já no século XXI, além de terem que cumprir a produção de bens tangíveis, necessitam de valores intangíveis, de inovação, renovação, imprescindíveis para nova competitividade mundial. "Para criar esses novos valores é preciso compreender que razão e emoção são interdependentes, uma condição para a plenitude de novos talentos", afirmou.
Já Geraldo Carneiro, contou o início de sua carreira e como, quase por acaso, tornou-se tradutor do mais famoso dramaturgo inglês. Disse ainda que, com o advento do Renascimento, Sheakespeare talvez seja o inventor do ser humano, em sua complexidade, construindo personagens que compõem os arquétipos da humanidade até os dias de hoje. "Todos nós temos um pouco de Iago, Otelo, Hamlet e Ricardo III dentro de todos nós", ressaltou,
Depois do bardo inglês e de compositores de música clássica, José Ernesto Bologna abriu sua palestra brincando que foi acompanhado em toda sua vida por "um cara" chamado Sigmundo Freud. Citando falas dos palestrantes anteriores, o psicanalista enfatizou que as emoções precisam caber dentro das organizações. "Freud descobriu que o homem não é senhor de sua casa. O inconsciente existe, é preciso que haja um diálogo entre essas duas dimensões para que as pessoas sejam felizes", explicou Bologna. Segundo ele, é importante criar espaços tranqüilos, para que a criatividade possa fluir. "O século passado foi marcado pelo cientificismo de Darwin, Marx, Freud. Agora, inauguramos uma possibilidade, a de incluir a condição humana nas organizações - isso se formos muito corajosos", finalizou.

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